HiperLipiDEMiaS

Hiperlipidemias
Hiperlipidemias essencialmente são erros nas velocidades de síntese e depuração de lipoproteínas no sangue, ou seja, as hiperlipidemias são disfunções metabólicas que ocorrem quando níveis de lípidios circulantes estão aumentados na corrente sanguínea.
A discussão de ordem da hiperlipidemia como problema de saúde pública grave está na sua relação com as doenças cardiovasculares, principalmente o acidente vascular cerebral e a aterosclerose — razões importantes de morte e incapacidade física, com repercussões importantes nos custos da assistência médica no Brasil que é deficitária.
As hiperlipidemias geralmente são dectectadas por medidas de colesterol e triacilglicerol plasmáticos, e são classificadas com base na taxa de lipoproteína elevada.
Hiperlipidemia tipo I (hiperquilomicronemia familiar) deve-se ao acúmulo de quilomícrons (bem detalhados no meu POST abaixo de Lipoproteínas). O Tipo I deve-se a a deficiência da Enzima Lipoproteína Lipase e da Apolipoproteína C-II, componente dos quilomícrons. Pacientes com Tipo I apresentaram taxas elevadissimas de triacilglicerol plasmático (acima de 1000 mg/dL), e sofrem de xantomas eruptivos (depósitos amarelados de triacilglicerol na pele) e pancreatite. Tanto o colesterol como os triglicérides devem ser mantidos em valores inferiores a 200 mg/dl (miligramas por decilitro) de sangue. Altos níveis de triglicérides, além das doenças cardiovasculares, podem também causar inflamação do pâncreas (pancreatite) com sua consequente falência, o que pode comprometer a produção de insulina e levar o paciente a sofrer de diabetes. Diabetes pode ser melhor estudada no BLOG em questão: http://diabetesunb2-2010.blogspot.com/
XANTOMAS:
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Hiperlipidemia tipo II (hipercolesterolemia familiar) caracteriza-se por níveis elevados de LDL (também exposto no meu post abaixo de Lipoproteínas). Essencialmente, o tipo II deve-se a um defeito na síntese, função ou processamento do RECEPTOR de LDL presente nos tecidos. O Tipo II, provoca uma ateriosclerose acelerada e morte prematura, em geral de enfarte do miocárdio. Ainda, os depósitos de gorduras formam aglomerados (xantomas) nos tendões e na pele. O tratamento orienta-se para evitar os fatores de risco, tais como o tabaco e a obesidade, além de reduzir os valores de colesterol no sangue com medicamentos, seguir uma dieta que contenha poucas ou nenhuma gordura, especialmente gorduras saturadas e colesterol, e fazer exercício.
BLOG Obesidade: http://bioqumicadaobesidade.blogspot.com/
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Hiperlipidemia tipo III deve-se a anormalidades da Apolipoproteína E (ApoE), interferindo na captação das Lipoproteínas quilomícrons e remanescentes de VLDL. A Tipo III é uma pertubação que conduz a valores elevados de VLDL-colesterol e triglicéridos plasmáticos. Os pacientes com a Tipo III  apresentam colesterol na sua maior parte proveniente da VLDL. Estes indivíduos têm com frequência diabetes ligeira e valores elevados de ácido úrico no sangue. Ainda, existe uma relação bem curiosa: Hipotireoidismo pode produzir uma hiperlipidemia muito semelhante a Tipo III. Como de costume, pacientes com a Tipo Iii tem risco aumentado de aterosclerose.
ATEROSCLEROSE
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Para as pessoas que tiverem interesse maior na relação da Hiperlipidemia e do Hipotireoidismo, deem uma lida no artigo “Avaliação Clínica e Laboratorial de Portadores de Hiperlipidemia e Hipotireoidismo” . Publicação de Cardiologistas.
Ainda, podem ter acesso a algo relacionado no BLOG: http://portaldocorticoide.blogspot.com/
Hiperlipidemia tipo IV é a anomalia mais comum. Os níveis de VLDL são aumentados, essencialmente devido a Obesidade, abuso do álcool e/ou diabetes. O Tipo IV  provoca valores altos de triglicéridos plasmáticos. Essa desodem no organismo pode aumentar o risco de desenvolvimento da ateriosclerose. É benéfico reduzir o peso, controlar a diabetes e evitar o consumo de álcool. Além disso, a administração de medicamentos para controlar os níveis de lipídios circulantes é essencial.
Acesse o BLOG de Bioquímica do Álcool para ficar por dentro de como atua no organismo:
hiperlipidemia tipo V é, como a tipo I. Associada a altos níveis de triacilglicerol de quilomícrons, pancreatite e xantomas eruptivos. Na tipo V o organismo não pode metabolizar e eliminar suficientemente o excesso de triglicéridos. Ainda, a tipo V pode ser provocada pelo uso abusivo de álcool, numa diabetes mal controlada pelo paciente. Insuficiência renal pode levar a tipo V também, além da ingestão de alimentos depois de um período muitoooooooooo longe de inanição. As pessoas com tipo V apresentam, também, um aumento no tamanho do fígado e do baço e dor abdominal.
Tá de Dieta ?
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A BATALHA continua...
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Quem for pesquisar mais, pode usar o termo DISLIPIDEMIA também, sinônimo de Hiperlipidemias.
Visitem meu POST sobre Lipoproteínas: http://biocolesterol.blogspot.com/2011/01/transporte-de-lipideos-por.html

Fontes:
Textbook of Biochemistry with Clinical Correlations – Thomas M. Devlin

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